As plantas exóticas (não nativas) têm vindo a ser introduzidas pelo homem por questões ornamentais, de controlo à erosão ou mesmo alimentação, causando desequilíbrios nos ecossistemas. Uma vez estabelecidas, podem proliferar rapidamente, competindo com as espécies locais por recursos essenciais como alimento, água e espaço, tornando-se invasoras, levando à diminuição ou extinção das espécies autóctones.
Este fenómeno não só compromete a biodiversidade local, como também afeta os serviços ecossistêmicos, essenciais para a saúde ambiental, econômica e social da região, por exemplo.
O corpo técnico da Intertidal Melides, além de ter experiência de mais de 40 anos no trabalho de preservação ambiental, segue orientações amplamente reconhecidas e fundamentadas em conhecimento científico. Acima de tudo, a contar inclusive com o apoio e a participação voluntária de profissionais de diversas entidades competentes.
O site Invasoras.pt fornece fichas detalhadas sobre as principais espécies de plantas invasoras em Portugal, com informações confiáveis sobre como identificá-las e controlá-las de forma eficaz. O mais importante é que esta plataforma é uma fonte valiosa de informações precisas para toda nossa comunidade.
Além disso, o decreto-Lei nº 92/2019, de 10 de julho, para o Continente e Madeira, lista mais de 200 espécies de plantas invasoras em Portugal, a incluir a espécie Carpobrotus edulis , conhecida como chorão-da-praia e alvo das últimas ações de voluntariado realizadas pela Intertidal.
Através da mobilização de grupos de voluntários, a Associação Intertidal Melides implementa estratégias de gestão que visam trabalhar na proteção do habitats naturais e controlo de plantas invasoras. Em suma, estas ações incluem:
🔎 Mapeamento e monitorização: Identificação das áreas mais afetadas por plantas invasoras e acompanhamento da evolução das áreas intervencionadas.
💪 Remoção física: Técnicas manuais ou mecânicas para remover plantas exóticas invasoras, libertando espaço para a recuperação das espécies nativas e respetivos habitats.
✨ Restauro de habitats: A remoção e monitorização de exóticas promove o estabelecimento das espécies autóctones e recuperação dos ecossistemas afetados, promovendo a resiliência e o equilíbrio ecológico.
📣 Educação e sensibilização: Consciencialização da população sobre os impactos negativos das plantas
Proteção do Hábitats Naturais
Rosmaninhos (Lavandula spp)
Armérias (Armeria rouyana, A. Pungens)
Tomilhos (Thymus spp)
Camarinha (Corema album)
Sabina da Praia (Juniperus turbinata)
Piorro (Juniperus navicularis)
Tojos (Ulex spp, Genista spp, Stauracanthus spp)
Pinheiro bravo (Pinus pinaster)
Pinheiro manso (Pinusa pinea)
Sargaço (Halimium halimifolium)
Cladonia (Cladonia spp)
Estorno (Amophila arenaria)
Controlo de Espécies Invasoras
Chorão marítimo (Carpobrotus edulis)
Acácias (Acacia spp)
O chorão marítimo uma planta originária da África do Sul, tornou-se uma espécie invasora preocupante nas proximidades da Lagoa de Melides e nas áreas dunares. Introduzida por sua beleza ornamental, esta planta é fácil de identificar pelas suas folhas suculentas e flores amarelas ou rosadas. Por outro lado, apesar de sua aparência atraente, o chorão espalha-se rapidamente, o que resulta na formação de extensos tapetes que sufocam a flora nativa e alteram o equilíbrio ecológico da região.
A presença do chorão é nociva para os ecossistemas locais, pois ele modifica a composição do solo e interfere na cadeia alimentar, ameaçando a sobrevivência de espécies autóctones. A proliferação desta espécie invasora representa um desafio significativo para a conservação da biodiversidade e a manutenção dos ecossistemas costeiros na área de Melides. A remoção, no entanto, deve ser completa, incluindo as suas raízes, de forma a evitar a sua regeneração. Além disto, se o material retirado for deixado no local, a recomendação é não permitir o contato das raízes com o solo. Em conclusão, a continuidade desta ação após o controlo inicial é imprescindível.
PROTEGE A NATUREZA – PARTICIPA DAS AÇÕES DE VOLUNTARIADO DA INTERTIDAL MELIDES
Para mais informações: info@intertidalmelides.org
Acompanha as próximas ações nas nossas redes sociais: @intertidalmelides
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